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indevidamente, a todos os outros sentidos. Mas os gregos chamam-lhe fantasia, que significa aparência, e é
tão adequado a um sentido como a outro. A imaginação nada mais é portanto senão uma sensação diminuída,
e encontra-se nos homens, tal como em muitos outros seres vivos, quer estejam adormecidos, quer estejam
despertos.
A diminuição da sensação nos homens acordados não é a diminuição do movimento feito na sensação,
mas seu obscurecimento, um pouco à maneira como a luz do sol obscurece a luz das estrelas, as quais nem
por isso deixam de exercer a virtude pela qual são visíveis, durante o dia menos do que à noite. Mas porque,
entre as muitas impressões que os nossos olhos, ouvidos e outros órgão recebem dos corpos exteriores, só é
sensível a impressão predominante, assim também, sendo a luz do sol predominante, não somos afetados pela
ação das estrelas. E quando qualquer objeto e afastado dos nossos olhos, muito embora permaneça a
impressão que fez em nós, outros objetos mais presentes sucedem-se e atuam em nós, e a imaginação do
passado fica obscurecida e enfraquecida, tal como a voz de um homem no ruído diário. Daqui se segue que
quanto mais tempo decorrer desde a visão ou sensação de qualquer objeto, tanto mais fraca é a imaginação.
Pois a contínua mudança do corpo do homem destrói com o tempo as partes que foram agitadas na sensação,
de tal modo que a distância no tempo e no espaço têm ambas o mesmo efeito em nós. Pois tal como à
distância no espaço os objetos para que olhamos nos aparecem minúsculos e indistintos em seus pormenores e
as vozes se tornam fracas e inarticuladas, assim também, depois de uma grande distância de tempo, a nossa
imaginação do passado é fraca e perdemos, por exemplo, muitos pormenores das cidades que vimos, das ruas,
e muitas circunstâncias das ações. Esta sensação diminuída, quando queremos exprimir a própria coisa (isto é,
a própria ilusão), denomina-se imaginação, como já disse anteriormente; mas, quando queremos exprimir a
diminuição e significar que a sensação é evanescente, antiga e passada, denomina-se memória. Assim a
imaginação e a memória são uma e a mesma coisa, que, por razões várias, tem nomes diferentes.
Muita memória, ou a memória de muitas coisas, chama-se experiência. A imaginação diz respeito
apenas àquelas coisas que foram anteriormente percebidas pela sensação, ou de uma só vez, ou por partes em
várias vezes. A primeira (que consiste em imaginar o objeto em sua totalidade, tal como ele se apresentou na
sensação) é a imaginação simples, como quando imaginamos um homem, ou um cavalo que vimos antes; a
outra é composta, como quando a partir da visão de um homem num determinado momento, e de um cavalo
em outro momento, concebemos no nosso espírito um centauro. Assim, quando alguém compõe a imagem de
sua própria pessoa com a imagem das ações de outro homem, como quando alguém se imagina um Hércules,
ou um Alexandre (o que freqüentemente acontece àqueles que lêem muitos romances), trata-se de uma
imaginação composta e na verdade nada mais é do que uma ficção do espírito. Existem também outras
imagens que surgem nos homens (ainda que em estado de vigília) devido a uma forte impressão feita na
sensação, como acontece quando, depois de olharmos fixamente para o Sol, permanece diante dos nossos
olhos uma imagem do Sol que se conserva durante muito tempo depois; ou quando, depois de atentar longa e
fixamente para figuras geométricas, o homem (ainda que em estado de vigília) tem no escuro as imagens de
linhas e ângulos diante de seus olhos. Este tipo de ilusão não tem nenhum nome especial, por ser uma coisa
que não aparece comumente no discurso dos homens.
As imaginações daqueles que se encontram adormecidos denominam-se sonhos. E também estas (tal
como as outras imaginações) estiveram anteriormente, ou em sua totalidade ou parcialmente, na sensação. E
porque, na sensação, o cérebro e os nervos, que constituem os órgãos necessários da sensação, estão de tal
modo entorpecidos que não são facilmente agitados pela ação dos objetos externos, não pode haver no sono
qualquer imaginação ou sonho que não provenha da agitação das partes internas do corpo do homem. Estas
partes internas, pela conexão que têm com o cérebro e outros órgãos, quando estão agitadas mantêm os
mesmos em movimento. Donde se segue que as imaginações ali anteriormente formadas surgem como se o
homem estivesse acordado, com a ressalva que, estando agora os órgãos dos sentidos entorpecidos, a ponto de
nenhum novo objeto os poder dominar e obscurecer com uma impressão mais vigorosa, um sonho tem de ser
mais claro, em meio a este silêncio da sensação, do que nossos pensamentos quando despertos. E daqui se [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]
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